Dário Pereira traz-nos o testemunho de quem comanda vivamente o Clube de Campismo de São João da Madeira.
Há pessoas que pela delicadeza com que respondem às questões ficam sempre no mais elevado patamar da boa educação. Trato fácil, discurso escorreito e certeza nas palavras que fluem no diálogo. Ainda que a conversa se desenrole a pouco mais de 60 minutos para os ponteiros do relógio anunciarem a meia-noite.
Dario Pereira, responsável pela secção de atletismo do Clube de Campismo de São João da Madeira, é assim mesmo: prima pela afabilidade, mesmo quando tenha que apontar algum erro descortinado no site da Associação de Atletismo de Aveiro.
“Olhe que aquilo que escreveu não está completamente correcto. Faltam lá mais vitórias individuais dos nossos atletas.” Falha apontada " imprecisão que deve ser corrigida. Para além das proezas de Hugo Almeida (3000 metros) e de Paulo Pereira (Disco), acrescente-se, com a devida vénia pela conquista do lugar mais alto do pódio, os nomes de António Brandão (100 metros), Mário Marques (Dardo) e, uma vez mais, Hugo Almeida (1500 metros).
Reposto publicamente o mérito a quem o merece, vamos ao propósito inicial que motivou a conversa, via telemóvel. Um título de campeão nacional não acontece por “obra e graça do espírito Santo”. Era este o grande objetivo?
“Aquilo que ambicionávamos era o apuramento para a primeira divisão, mas fruto de alguns imprevistos não o conseguimos. Ora, estando na segunda divisão naturalmente que o objetivo era o título.”
Pelo segundo ano consecutivo, agora ao ar livre, o Clube de Campismo de São João da Madeira superou toda a concorrência direta. Uma questão de trabalho, sublinha Dário Pereira. “Isto é a continuação de todo um trabalho que temos feito nos últimos tempos.”
Com cerca de 70 atletas inscritos no emblema sedeado em São João da Madeira, Dário Pereira sublinha que esta vitória coletiva também servirá “para captar novos atletas e ajudar a fixar os que entraram há pouco tempo.”
Daqui para a frente, o dirigente do CCSJM aponta, como novos objetivos, “tentar discutir o título distrital e melhorar as marcas individuais, não só a nível distrital, como nacional.”
“Atingimos um nível que daqui para cima é difícil, porque os aspetos financeiros também contam e como há pouco dinheiro... Agora, é tentar manter”, defende Dário Pereira.
Haverá discurso mais lúcido?